Hoje resolvi compartilhar com vocês um depoimento de uma cliente que passou por um processo de REORIENTAÇÃO PROFISSIONAL (com autorização, é claro). Foi uma cliente que realmente se envolveu com o processo, e conseguiu atingir seus objetivos, enfrentar seus medos e fazer suas escolhas.
Acredito que muitos vão se identificar com a história narrada por ela e espero também poder ajudá-los.
Boa semana a todos!
"Sempre me passou pela cabeça a ideia de procurar um psicólogo para me
ajudar a compreender algumas questões mal resolvidas comigo mesma,
principalmente no modo como eu me relacionava ou lidava com pessoas e
conflitos.
Na minha família, nunca tivemos o costume de procurar esse tipo de ajuda
profissional e, muitas vezes, eu pensava nessa minha ideia como capricho que
poderia ser deixado em segundo plano.
Eu sempre fui uma menina muito preocupada em corresponder as expectativas
dos meus pais e familiares, bem como as que eu própria criava, por isso quando
entrei para a faculdade foi como se eu começasse uma fase de extrema
importância para formar a profissional que eu seria no futuro, o que gerou uma
carga e cobrança muito grandes da minha parte e um medo enorme de fracassar.
Foram 5 anos muito difíceis, que acentuavam uma insegurança que eu sempre
tive, pois muitas vezes eu me pegava “auto-sabotando”, tentando me proteger da
decepção de me perceber não tão boa como eu pensava ou gostaria que fosse, e de
não conseguir alcançar as expectativas que as outras pessoas tinham sobre mim.
Depois de uma faculdade e um trabalho final de graduação frustrantes, eu
passei um ano trabalhando na minha área com esperança de ganhar mais segurança
com a experiência. Porém, eu nunca
estava satisfeita com os resultados do meu trabalho, não me sentia motivada e isso prejudicava os
prazos de entrega e, como uma bola de neve, acabava minando ainda mais a minha
segurança em relação ao conhecimento que adquiri durante a faculdade e a
qualidade do meu trabalho.
Foi nesse momento que pensei seriamente na possibilidade de buscar ajuda
profissional, e quando fiz isso tentei ir o mais preparada possível para me
permitir ser ajudada, ouvir coisas que
pudessem não me agradar e me questionar. Fiz o possível para não criar
resistência.
Muitas coisas sobre o processo de reorientação eu havia antecipado, por
exemplo: sabia que eu precisava passar, antes de qualquer coisa, por um
processo de autoconhecimento, e, imaginava também que eu não teria “respostas
prontas” de alguém, mas eu teria que encontrá-las. Mas eu me surpreendi por
como coisas que parecem que foram tão pequenas puderam me fazer perceber
diferenças no meu dia-a-dia.
Conhecer o que me motiva, poder identificar algumas prioridades, que tipo
de situações me atrapalham e o que me ajuda, foi essencial para eu conseguir
fazer escolhas e assumi-las com mais segurança. Durante o processo, não sei bem
como aconteceu, percebi que consigo me aceitar mais, aceitar minhas limitações
e que eu preciso do meu tempo para melhorar o que eu considero importante. Isso me tirou um grande peso.
Não posso dizer que sou uma pessoa completamente diferente, que venci
todos os meus medos e superei minhas inseguranças, mas agora eu consigo
enxergar que eu tenho ferramentas para me ajudar neste processo e que este
processo de mudança não é fácil e nem rápido, mas é possível de acontecer".
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